Auto-Escola Direção Ofensiva

Conheça a mais nova auto-escola da capital: veículos preparados, instrutores qualificados e um método de ensino inovador. Aqui você vai aprender o que nenhuma outra auto-escola da cidade jamais ensinou. Na Auto-Escola Direção Ofensiva, temos uma equipe com profissionais experientes que vão tornar você um motorista de primeira. Confira alguns de nossos cursos exclusivos:

  • Sinal de trânsito: a ressignificação da luz amarela para “acelere” no século XXI.
  • Como irritar o motorista da frente usando apenas o acelerador e luz alta.
  • Como irritar o motorista de trás usando apenas os freios.
  • Vocabulário de palavrões.
  • Aprenda a fechar o motorista ao lado em apenas 3 passos. (NOVO)
  • Conduzir na chuva: descubra como jogar mais água nos pedestres ao passar em poças sem perder o controle do seu veículo!
  • Vaga fácil: curso de artes cênicas para simular a portabilidade de necessidades especiais (NOVO)
  • Setas, invenções do passado que só funcionam no passado.
  • Como conseguir free-pass na fila do retorno!
  • Empreendedorismo: seja o dono da rua e não pague nada por ela. (CURSO COM PARCERIA DO SEBRAE – VAGAS LIMITADAS)
  • Faixa do meio: para que serve? – aprenda a usar a faixa do meio para apressar outros motoristas!

Entre em contato com a gente e saiba mais sobre esses e outros cursos. Na nossa instituição, você pode ter certeza que vai aprender a ser um motorista odiado. Afinal, nosso material didático foi elaborado para você ganhar rugas e perder cabelos!

Trânsito sem qualidade você encontra aqui, na Auto-Escola Direção Ofensiva.

Mágoas de um desconhecido

Era aquele homem, o mesmo que outrora estava ali distribuindo brinquedos às crianças do bairro, que voluntariava-se nas ações sociais, que incentivava a todos ao trabalho e à dignidade. Agora tomado pelo sedentarismo, não mais conseguia fazer aquilo que amava. Suas ações autruístas de antes estavam perdidas no tempo e nenhum crédito mais lhe era dado por tudo o que fez. Nenhuma rua recebeu por batismo seu nome, nem livros lhe citavam.

Por alguns momentos, era ódio o que sentia. De uma sociedade que desprezava o seu ser, de um pós-modernismo que devastava a história como tsunamis.

Teve uma vida intensa, é verdade. Quando era seu momento, não furtou-se a viver e entregar-se por inteiro. Mas a rapidez com que os acontecimentos chegavam e iam embora, com que o presente era devastado por um futuro que chegava cada vez mais veloz, de novas gerações que surgiam muito mais rápido e marginalizavam as anteriores com tanta facilidade, tudo isso já o tornava um homem esquecido.

Todo aquele ódio, porém, ia embora ao perceber-se só. Porque era nesses momentos em que ele acalmava-se em seu coração e via que nada foi em vão. Que as coisas que viveu, e tendo as vivido plenamente, eram suficientes para olhar no espelho e engrandecer-se em sua alma. Foi um homem de luta e mérito. O prestígio, a fama, nada disso lhe valeria. Contentou-se em ter seu nome num epitáfio do que tê-lo em ruas. E orgulhava-se disso; via-se um ser justo, digno e íntegro. E isso lhe serviria mais para a posteridade que qualquer outra ação grandiosa.

Fez parte da história, é inegável. E deixaria o mundo melhor do que encontrou. Fez sua parte. E isso lhe bastava.